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Grandes Brasileiros

FORD CORCEL BELINA

 
 
 
Com lançamento em 1970 pela Ford, a Belina derivada do Corcel no modelo station wagon tinha as seguintes versões: standart, luxo e luxo especial, esta última trouxe ao público naquela época o charme das stations wagons americanas pelo fato de vir com aplique nas laterais externas imitando madeira como as antigas peruas americanas woodies da década de 1940.
 
Com motorização 1.289cc e 65 cv, chegava à velocidade máxima de 138km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 23,3 segundos em terceira marcha conforme testes da Revista 4 Rodas na época.
 
Já em seu primeiro ano de lançamento foram comercializadas 7.400 unidades, reforçando a tese de que mesmo com desempenho fraco o público prezava no modelo o espaço interno, silêncio, suspensão e por ser econômica.
 
Depois de três anos de seu lançamento passa pela primeira modificação de detalhes, como grades, capô, pára-lamas e emblemas, ficando um carro mais bonito e atualizado e contando ainda com o motor de 1.4 litros do Corcel GT XP com 85cv, chegando à velocidade máxima de 145km/h chegando de 0 a 100 km/h em 17 segundos.
 
 
 
Para o ano de 1975 foi lançada a versão LDO (sigla em inglês onde se referia a Decoração Luxuosa Opcional). Por dentro se tornava um carro muito luxuoso com forrações especiais nos bancos nas cores marrom e bege, grade cromada e rodas esportivas do Corcel GT pintadas na cor prateada.
 
No último ano de fabricação desta carroceria em 1977 não houve modificações, mas a grande expectativa era para o tão falado Corcel II e seu derivado Belina, a sua produção entre 1970 e 1977 fez do modelo Ford Belina um carro muito desejado pela classe média e pelas mulheres, o modelo Belina II se tornou um grande sucesso de vendas com sua nova e imponente carroceria, esta veremos em outra edição de Grandes Brasileiros, até lá.
 
CORCEL 2

No final do ano de 1977, a Ford lançava como modelo 1978 o tão esperado Corcel II nas versões básica, L , LDO e GT.

          Sua carroceria mais parecia um fastback, com linhas retas e uma pequena queda na traseira, o mesmo dava a impressão de ser maior que o modelo anterior, fato que não se confirmou. Detalhes de design como faróis, lanternas traseiras retangulares,  grades e novos para-choques davam o charme especial ao modelo.

          Em termos de acabamento, a Ford na época era líder de mercado e não deixou por menos no novo modelo. A versão LDO era  muito requintada com interior totalmente acarpetado, versão monocromática, painel com molduras imitando madeira, faróis auxiliares e borrachas nos para-choques. A versão esportiva GT vinha com faixas decorativas externas, pneus radiais, sobre aros nas rodas, volante esportivo de três raios, conta giros no painel e faróis auxiliares.

          A motorização no ano de seu lançamento era 1.4 litros de 72cv (55cv líquidos), o curioso era que o modelo anterior tinha um motor de  1.4 litros de 85cv, sendo assim com uma carroceria mais pesada na versão atual, fez com que o modelo perdesse muito em desempenho. No ano de 1980, foi compensada a perda com o lançamento do motor opcional 1.6 litros de 90 cv (67,7 cv líquidos) e 4cv a mais na versão GT, assim sendo ele tinha fôlego para andar com seu principal concorrente o VW Passat L e LS com motorização de 1.5 litros, mas em relação ao esportivo VW Passat TS 1.6  litros fica muito para trás.

          Em 1983 a Ford deu uma atualizada nos motores da linha Corcel II, denominado de  CHT  “Compund High Turbulence” 1.6 litros na versão álcool atingia 73 cv líquidos e lançou a versão CHT 1.3 litros com 62 cv líquidos.

          O fim de produção do Corcel II em 1986 começou a ser preparado pela própria Ford, com o lançamento do projeto mundial do Escort, usando o mesmo motor CHT só que na posição transversal com consumo e desempenho melhor, pois, se tratava de um projeto moderno.

 

VOLKSWAGEM – PASSAT TS

LINHA 1976  a 1982

 

A Volkswagen do Brasil no ano de 1974 precisamente no mês de junho inovava seu conceito de motorização lançando no mercado o Passat que era equipado com motor refrigerado a água na posição dianteira do veículo.

Seu lançamento com carroceria de duas portas e versões L e LS, motor quatro cilindros de 1.471cc e desenvolvendo 78 cv marcou uma nova era na indústria brasileira, mas a Volkswagen queria mais e já planejava a versão esportiva denominada TS (Touring Sport).

Em janeiro de 1976 a Volkswagen apresentava o tão esperado Passat TS, a beleza de suas linhas e os equipamentos esportivos nele inseridos fez com que rapidamente  se tornasse um sonho e desejos dos jovens da época.

O Passat TS vinha equipado com motor de 1.588cc com carburador de corpo duplo e 96cv de potência, suas arrancadas e retomadas mais rápidas e velocidade final estimada em 160 km/h fizeram com que em pegas com os famosos Opalas 6cc, Mavericks V8 e os Dodges V8 ficassem para trás até a troca da terceira marcha, isso aliado a sua estabilidade muito superior aos ícones de velocidade citados, tornou-se rapidamente um esportivo de raça, ainda mais, sendo um motor de quatro cilindradas.

Sua aparência externa nos modelos de 1976 a 1978 se diferenciava das demais versões na grade dianteira com quatro faróis, faixas decorativas pretas com a sigla TS (Touring Sport), borrachões de proteção nos pára-choques, rodas de aço de 5 polegadas (nas demais versões eram 4,5 polegadas) e pneus radiais nas medidas 175/70 SR13 e opcionalmente o 175/70 HR13.

Internamente continha um volante esportivo de três raios com o botão de buzina no centro com a sigla TS, o painel de instrumento a frente do motorista contava com velocímetro, nível de gasolina e temperatura e no centro um  conta giros e algumas luzes de advertência. No console mais três relógios sendo um de horas, voltímetro e pressão do óleo, além dos bancos reclináveis por catracas. Tinha ainda como opcional o ar condicionado. As versões dos anos de 1977 e 1978 se diferenciaram da de 1976 em pequenos detalhes de acabamento.

 

Em 1979 ele ganhava sua primeira modificação sendo apenas no conjunto ótico, passando os faróis a serem retangulares e uma nova grade com filetes de alumínio no sentido horizontal. Novas laminas de pára-choque e ponteiras de plásticos marcavam uma nova linha de desing a ser contemplada em todas as versões, sendo que o TS vinha ainda com spoiler dianteiro na cor preto fosco, as antigas faixas decorativas com as iniciais TS deram lugar a uma pequena faixa adesiva na cor preto fosco sendo aplicada logo abaixo dos vidros laterais. Novos logotipos em plástico injetado e com as letras vermelhas foram colocados na grade dianteira, pára-lamas dianteiros e na tampa traseira. Os modelos 1980, 1981 e 1982 se diferenciaram apenas em detalhes de grafismo no painel e tipo de revestimento da tapeçaria.

Finalizando, o Passat TS se consagrou um mito sobre rodas para aqueles que puderam ter um na época, sendo considerado um sonho de consumo dos jovens. Já em 1983 novas mudanças no conjunto ótico e passou a ser chamado de Passat GTS: falaremos dele em uma nova publicação da coluna Grandes Brasileiros.

 

CHEVROLET OPALA COMODORO

LINHA 1975 à 1979


Em novembro de 1974 a GM brasileira apresentava no IX Salão do Automóvel de São Paulo o novo Opala Comodoro que vinha para substituir a linha Gran Luxo. Rapidamente a versão ficou conhecida somente como Comodoro, carro este que na época trazia itens de luxo que o tornaram no período de 1975 a 1979 o carro mais luxuoso da Chevrolet. Ele veio para concorrer com os Ford Galaxie e Dodge Gran Sedan se tornando a melhor opção para a classe de maior poder aquisitivo que visavam à confiabilidade da marca.

A linha Comodoro veio à época com vários itens de conforto e luxo como direção hidráulica, ar condicionado, transmissão automática, calotas na cor do veiculo, sobre aros em inox, batentes e borrachas nos pára-choques, faróis de neblina e milha (opcionais), teto em vinil, frisos cromados, tampa de combustível exclusiva do modelo com a escrita Chevrolet Comodoro, a letra C na coluna traseira que marcava a versão e um conjunto de letras soltas formando o nome Chevrolet no painel dianteiro superior. Oferecido nas versões duas e quatro portas e motorização 4cc e 6cc rapidamente se tornou um sucesso de vendas.

Nos anos seguintes o sucesso só aumentava bem como as atualizações do modelo não passava de pequenos detalhes, já no ano de 1979 a versão sofreu uma significativa perda de luxo e detalhes que diferenciavam o modelo, pois o seu substituto na categoria acabava de ficar pronto sendo ele o Opala Diplomata com lançamento oficial para o ano de 1980, sendo que em 1979 houve alguns modelos comercializados, mas dizem que por problemas de fornecimento da rodas de liga leve o mesmo foi adiado para 1980, já com a nova carroceria com faróis e lanternas traseiras retangulares.

Hoje os modelos do período de 1975 a 1979 em excelente estado de conservação são poucos e os mesmo já se encontram nas mãos dos colecionadores e muitos já com a tão esperada Placa Preta, a faixa de preços varia de R$ 28.000,00 chegando até R$ 50.000,00 atestando que ainda hoje mantém o prestigio que tinha na época.

 

FIAT 147

No salão do automóvel de 1976 era apresentado o Fiat 147, com a fábrica instalada em Betim – MG a Fiat entrou no mercado com o slogan “Enfim, um carrão pequeno”.  Criticas não faltaram ao Fiat 147, desde fragilidade, barulho do escapamento estridente e cambio de difícil engate da primeira marcha, mas com o tempo e diversos acertos seus méritos foram aparecendo. O público entendeu que o Fiat 147 era um carro ágil e valente e teve seu auge de vendas no final dos anos 70 e inicio de 80 se consagrando líder de vendas da Fiat.

Sua estabilidade era de dar inveja até aos esportivos de época sendo considerado o melhor carro brasileiro neste item. Durante toda sua produção teve três gerações denominadas com 147, 147 Europa e 147 Spazio. Mas para juventude o modelo que marcou época foi o Rally que vinha equipado com motor 1300cc (nos demais 147 a motorização era 1050cc), faróis de milha, spoiler dianteiro, grafismo externo próprio, volante de menor dimensão, bancos anatômicos e painel com conta giros e relógios auxiliares enfim um carro de apelo esportivo.

Com a atualização dos modelos nacionais o Fiat 147 saiu de linha em 1986 com tarefa cumprida e com alguns méritos de ter sido o primeiro veiculo nacional com motorização a álcool, motor transversal e a derivação de um pick-up e um furgão baseado em sua plataforma.

 

 


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